Em indústrias que operam com substâncias inflamáveis, a presença de atmosferas explosivas exige medidas rigorosas de segurança.
Para minimizar os riscos, essas áreas são classificadas em zonas, conforme a frequência e duração da presença de materiais combustíveis no ambiente.
As zonas 1/21 e 2/22 indicam diferentes níveis de risco em atmosferas explosivas de gases, vapores ou poeiras.
Entendendo as classificações de atmosferas explosivas
A classificação de áreas com riscos de explosão é essencial para definir medidas de controle adequadas e garantir a segurança dos trabalhadores e das instalações.
Essa categorização segue normas internacionais, como a IEC 60079, e divide os ambientes conforme a probabilidade de formação de atmosferas explosivas.
O que caracteriza uma zona 1/21 em áreas industriais?
As zonas 1 e 21 são classificadas como ambientes de risco moderado, onde a presença de substâncias inflamáveis ocorre com certa frequência durante a operação normal.
A Zona 1 se refere a atmosferas explosivas causadas por gases ou vapores inflamáveis que podem estar presentes em situações operacionais normais.
Já a Zona 21 se refere a atmosferas explosivas formadas por poeiras combustíveis que aparecem regularmente em processos industriais.
Essas zonas exigem equipamentos Ex altamente protegidos, pois o risco de explosão está sempre presente em algum momento das operações.
Definição e riscos associados à zona 2/22 nos processos
As zonas 2 e 22 são classificadas como áreas de risco reduzido nos processos industriais, caracterizadas pela presença de gases, vapores ou poeiras inflamáveis somente em situações anormais, ou emergenciais, como em casos de vazamentos inesperados.
A Zona 2 refere-se a atmosferas explosivas causadas por gases inflamáveis que aparecem ocasionalmente e permanecem por um curto período.
Por outro lado, a Zona 22 é definida pela presença de poeiras combustíveis, que ocorrem somente por curtos intervalos e geralmente se dissipam rapidamente.
Embora o risco nessas zonas seja menor em comparação com as zonas 1 e 21, é crucial utilizar equipamentos Ex certificados para garantir a segurança.
A utilização de tais equipamentos é essencial porque qualquer falha pode resultar em explosões, mesmo em áreas de risco reduzido.
Portanto, a implementação de medidas de segurança adequadas é vital para proteger tanto os trabalhadores quanto as instalações industriais.
Principais diferenças entre zona 1/21 e zona 2/22
A principal diferença entre essas classificações está na frequência e duração da presença de atmosferas explosivas.
Frequência e duração da presença de atmosferas explosivas
A frequência e a duração da presença de atmosferas explosivas são fatores críticos na classificação de zonas de risco em ambientes industriais.
Nas Zonas 1 e 21, as substâncias inflamáveis estão presentes regularmente durante a operação industrial, o que significa que há um risco contínuo de explosão.
Devido a esse risco constante, a seleção de equipamentos para essas áreas deve ser mais rigorosa, garantindo que todos os dispositivos utilizados sejam adequados para operar em condições de alto risco.
Em contraste, nas Zonas 2 e 22, as substâncias inflamáveis aparecem apenas em situações anormais ou por curtos períodos.
Embora o risco nessas zonas seja menor, ele ainda precisa ser controlado para prevenir acidentes.
Essa diferença na frequência e duração da presença de atmosferas explosivas influencia diretamente a escolha de medidas de segurança e dos equipamentos adequados para cada ambiente.
É essencial que as empresas avaliem cuidadosamente as condições de cada zona para implementar as soluções de segurança mais eficazes, protegendo tanto os trabalhadores quanto as instalações.
Impacto na escolha de equipamentos e medidas de segurança
A classificação da área é fundamental para determinar o tipo de equipamento Ex necessário para garantir a proteção contra explosões em ambientes industriais.
Nas Zonas 1 e 21, onde o risco de ignição é maior devido à presença regular de substâncias inflamáveis, é exigido o uso de equipamentos com um nível de proteção mais elevado.
Por outro lado, nas Zonas 2 e 22, onde as substâncias inflamáveis aparecem somente em situações anormais ou por curtos períodos, é permitido o uso de equipamentos com proteção menos rígida, caso sejam certificados para operar em condições de risco reduzido.
As medidas de segurança também variam conforme a zona. Nas Zonas 1 e 21, é necessário implementar ventilação constante, sensores de detecção de gases e sistemas de contenção de poeira para mitigar os riscos.
Já nas Zonas 2 e 22, o foco está no monitoramento periódico e no uso de equipamentos resistentes a curtas exposições a substâncias inflamáveis.
A correta classificação do ambiente é essencial para garantir a segurança da operação, evitando os acidentes, prejuízos financeiros e penalizações legais.
Essa classificação orienta a escolha das medidas de segurança e dos equipamentos adequados, protegendo tanto os trabalhadores quanto as instalações industriais.
Normas e regulamentações para operação em áreas classificadas
A segurança em atmosferas explosivas é regulamentada por normas nacionais e internacionais, que estabelecem requisitos para equipamentos e processos industriais.
Padrões nacionais e internacionais para controle de riscos
A segurança em áreas classificadas é orientada por diversas normas que estabelecem critérios rigorosos para a operação e o uso de equipamentos em atmosferas explosivas.
Entre as principais normas, destaca-se o IECEx que oferece uma certificação global para equipamentos Ex, assegurando que eles atendam aos padrões internacionais de segurança.
Na Europa, a regulamentação ATEX é responsável pelo controle de atmosferas explosivas, definindo diretrizes específicas para a fabricação e utilização de equipamentos em ambientes de risco.
No Brasil, a certificação pelo INMETRO é obrigatória para equipamentos utilizados em áreas classificadas, garantindo que eles cumpram os requisitos de segurança necessários para operar em condições potencialmente perigosas.
Essas normas, em conjunto, formam a base para a implementação de práticas seguras e eficazes em ambientes com atmosferas explosivas.
Exigências para certificação de equipamentos industriais
Os equipamentos utilizados em zonas classificadas devem ser certificados conforme a norma exigida para cada setor e ambiente de risco.
Entre os principais requisitos para certificação, destaca-se o teste de resistência a faíscas e calor excessivo, que assegura que os equipamentos possam operar sem risco de ignição em ambientes potencialmente perigosos.
Além disso, é fundamental a verificação da proteção contra a penetração de poeira e líquidos inflamáveis, garantindo que os dispositivos resistam a condições adversas sem comprometer sua funcionalidade.
A avaliação da integridade dos sistemas de isolamento elétrico também é crucial, pois assegura que não haja falhas que levem a acidentes.
Por último, a comprovação da conformidade com normas como ATEX, IECEx e INMETRO é essencial para a certificação.
Essa conformidade demonstra que os equipamentos atendem aos padrões internacionais e nacionais de segurança, permitindo sua utilização em diferentes regiões e garantindo a proteção dos trabalhadores e das instalações industriais.
Empresas que utilizam equipamentos sem certificação podem estar sujeitas a multas, paralisação de operações e aumento do risco de acidentes.
Invista em equipamentos Ex e garanta a segurança da sua área classificada!
A escolha correta de equipamentos Ex é essencial para garantir operações seguras e conformidade com normas regulamentadoras.
Se sua empresa atua em áreas classificadas, investir em dispositivos certificados para zonas 1/21 e 2/22 é a melhor maneira de proteger sua equipe e evitar incidentes.
Fonte da imagem: Pixabay